Revista Alagoana
Comunidade afro-religiosa celebra a ancestralidade no Quilombo dos Palmares
Colaboração
Texto: Thauane Rodrigues
Fotos: Theo Sales
Nesta quinta-feira, vamos relembrar o dia da Consciência Negra, quando povos de terreiro subiram a Serra da Barriga em memória aos antepassados palmarino.
Um dos momentos mais simbólicos para comunidade afro-religiosa de Alagoas é o 20 de Novembro. Fé, compartilhamento e ancestralidade definem com grandeza as reverências acontecidas no solo sagrado do Quilombo dos Palmares.
Tradicionalmente na madrugada do dia 19 para o dia 20 de novembro, os religiosos de Matriz Africana sobem a Serra da Barriga e realizam cerimônias que celebram a memória de todos os ancestrais quilombolas, dando continuidade a toda a história daqueles que lutaram para manter vivos os corpos negros e todo seu legado.
Vestidos de branco, fios de contas no pescoço, carregados de axé e entoando cânticos que enaltecem a ancestralidade, os religiosos de diferentes casas de candomblé realizam uma cerimonia coletiva, que tem seu inicio aos pés de uma das árvores sagradas do local e se encerram a beira do Lago das Yabás.
Com flores, comidas sagradas e muita fé, o povo de axé além de reforçar anualmente o compromisso firmado com a ancestralidade palmarina, utilizam da visibilidade para pedir mais uma vez por uma sociedade livre de preconceitos, mostrando mais uma vez que o povo de terreiro seguirá existindo e resistindo.










