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  • Foto do escritorRevista Alagoana

Deus ainda é brasileiro, já Alagoas continua sendo o paraíso?


Texto por Bertrand Morais


Depende do seu ponto de vista, pois a trama promete apresentar os poderes de Deus, com muitos efeitos visuais, a uma humanidade que não anda agradando-o muito, e terá de sobreviver às dificuldades com muita inteligência; se tais adversidades for em Alagoas, já é menos mal, né?


É exatamente esse o roteiro que deve ser exibido ao público após encerradas as gravações do mais novo longa-metragem do cineasta filho das Alagoas, Cacá Diegues, ‘Deus ainda é brasileiro’, inteiramente rodado em sua terra natal, e com mais de 70% da força de trabalho audiovisual constituída por alagoanos, entre elenco e produção. A Revista Alagoana esteve na coletiva de imprensa realizada em umas das locações do filme, no Ipioca Beach Resort, em Maceió, no último mês de novembro.


Direção, produção e elenco falam com a imprensa alagoana. Foto: Bertrand Morais.

O diretor alagoano esteve sentado ao lado das atrizes conterrâneas Ivana Iza e Laila Vieira, igualmente dos atores globais Antônio Fagundes e Otávio Muller, além da produtora executiva Paula Barreto. Esta, que teve sua mãe na produção do filme icônico ‘Bye Bye Brasil’, protagonizou umas das falas mais contundentes e acaloradas quando se referiu a CONDECINE – imposto do lucro de empresas de audiovisuais e telecomunicações que se transforma em fundo para a indústria cinematográfica, televisiva e de games brasileira – destacando:


“Quando esse dinheiro não é utilizado na área audiovisual em seu ano fiscal, muito por ineficiência da ANCINE, especialmente nos últimos quatro anos, ele volta para o orçamento da União por contingenciamento” e complementa enfaticamente “não usamos um tostão da saúde, educação tampouco da segurança, ao contrário, reabastecemos com imposto próprio essas áreas quando contingenciado”.


Sobre a atual obra, o diretor Cacá Diegues destaca que não se trata de uma continuação, apesar do nome do filme e o estado alagoano como local das gravações sugerirem o oposto. “O roteiro foi escrito durante a pandemia querendo ajudar o brasileiro a ser o sujeito da sua própria história, pois o Brasil tem todos os elementos para ser o exemplo para a humanidade no século XXI” e conclui esperançoso “não foi no início do século, mas pode ser que ainda seja”.


Enquanto o primeiro filme de 2003, em Alagoas, se ateve mais ao cenário do Baixo São Francisco e Litoral, a recente produção exibirá cenários litorâneos, claro, somados as gravações em cidades do Médio São Francisco, como em Olho D’água do Casado e Piranhas, com suas paisagens naturais e arquitetônicas de tirar o fôlego. No elenco, apenas quatro atores vêm do primeiro filme, entre eles, Antônio Fagundes que interpreta Deus.


À direita eu colhendo autógrafo em livro adquirido no ano passado. Foto: Kamilla Abely.

O jornalista que vos escreve não desperdiçou a oportunidade em colher um autógrafo no livro ‘Aqui tem um livro que você vai gostar’, de Antônio Fagundes.


A produtora Bruna Dantas comentou sobre a novidade para ela, como carioca, em respeitar a contrapartida de recursos financeiros oriundos do Governo de Alagoas que gerou algumas polêmicas no setor audiovisual local, ao trabalhar com equipe técnica majoritariamente alagoana. “Houve uma preocupação em trabalhar com o mercado alagoano, pois eu não o conhecia” e conclui “mas foi dissipada rapidamente, porque os profissionais daqui são impecáveis e o legado que fica é a abertura para novas grandes oportunidades para esses trabalhadores”.


Ao lado da atriz alagoana, idealizadora do Teatro Homerinho e, mais recentemente diretora audiovisual, Ivana Iza. Foto: Bertrand Morais.

Um dos sets de filmagem, em Maceió, foi no suntuoso sobrado da Associação Comercial de Alagoas, no bairro histórico de Jaraguá, quase em frente ao Teatro Homerinho, que vem há alguns anos lutando pela abertura oficial de suas portas. A idealizadora desse dispositivo cultural é Ivana Iza e ela comenta a sensação de atuar tão próximo a esse espaço “acho que só fortalece a nossa vontade de que o Homerinho aconteça” e revela “assinamos um fomento com o Governo do Estado, através da SECULTAL, que vai nos ajudar muito em andar com mais velocidade as obras para que possamos inaugurá-lo até o primeiro semestre do ano de 2023”.


Destacamos que duas outras pessoas integrantes do elenco do filme ‘Deus ainda é brasileiro’ já passaram pela Revista, como matéria de capa dos meses de julho e setembro respectivamente. São eles: o ator Luciano Pedro Jr e a multiartista Fátima Santos. Sintam-se à vontade em conferir um pouco mais sobre esses artistas alagoanos enquanto a comédia cívica de Cacá Diegues não é rodada ao público.


Fátima Santos, à direita, é multiartista arapiraquense e esteve na Revista Alagoana em setembro. Foto: Flávio Cansanção.

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