Revista Alagoana
Reflexões de um mês literário
Atualizado: 10 de out. de 2020
Texto de Bertrand Morais
A referente data do título é a de novembro de dois mil e dezenove. Não muito distante de nós. Agora, ainda mais perto do que antes, porque em meio a circunstâncias do presente, parece estarmos mais conectados com o passado do que nunca. Desaceleramos. Percebemos que o presente é a vida alimentada de memórias. Traremos algumas.
Tivemos eventos literários do começo ao fim do mês de novembro. A IX Bienal Internacional de Alagoas foi um deles. Não só integrou pessoas como integrou espaços numa região em comum: o bairro histórico de Jaraguá. Foi um charme a parte. Mas se ainda não está convencido de que o mês de novembro de 2019 não foi literário, trago mais dois de extrema significância: Festa Literária do Pontal – FLIPONTAL – e a Festa Literária de Marechal Deodoro – FLIMAR. Convencidos, é hora de falar sobre uma memória especial dentre várias.
Gilberto Gil é uma delas.
Ele esteve em um bate papo e em show abertos ao público, ambos oferecidos pela equipe da Festa Literária de Marechal Deodoro. O evento já tem 10 anos de existência, prestes a beirar os 11, e escolheu um dos precursores da Música Popular Brasileira como homenageado.
A revista alagoana notou uma magnífica coincidência, cujo questionamento é digno de estonteante reflexão:
Mas, quão simbólico é um evento na cidade que gerou o primeiro presidente do País, homenagear Gilberto Gil, baiano, nascido em Salvador, a primeira capital do Brasil?
O próprio homenageado responde quando fala do movimento que participou na década de 60. “O tropicalismo trouxe noção de fraternidade, diversidade e trabalho” completando de modo assertivo “mostrando expressões e tradições brasileiras para o mundo”. Gil sempre sensato, né?
Agora vale uma reflexão recheada de alguns dos principais sucessos deles cantados em solo alagoano: